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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Ser a menina certinha já não é mais a cara dela.
Cansou de ser ingênua demais e ser passada pra trás.
Quem a fez de besta, hoje chora por isso.
E se arrepende, mas ela não.

Hoje ela sabe duvidar das palavras.
E olhar nos olhos já não é mais a confirmação.
Os olhares se confundem, se divergem.
Não tem mais tempo para isso.

Aproveitar a vida é o que ela quer agora.
E quem a conhecia de tempos atrás diz:
"Nossa, você assim?"
- As coisas se transformam de acordo com o que sofrem -

Tomara que tudo esteja bem.
Tomara que tudo fique bem.
Tudo ficará bem?
Segundas virão, certezas não.

Nada vai ser do mesmo jeito.
Ninguém disse que ia ser.
Então vamos seguir em frente.
Porque seguir pra trás é impossível.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Aos amigos

Não há hora, lugar, dia, mês ou estação, tempo exato para se encontrar uma pessoa legal, que te faça bem estando longe ou perto.
Independente do tempo que se conhecem e como se conheceram. Independente das reviravoltas e surpresas da vida. Quando se encontra alguém especial o sentimento que floresce quando é sincero, supera qualquer distancia, dificuldade ou um período afastados mas quando se reencontram é como se o tempo tivesse se congelado e nada mudou, a amizade está intacta.
Não há uma formula para amizade e amor. Não se sabe quando ela começa, quando se percebe já há uma ligação, tão forte como um abraço, gostosa como chocolate, e linda como a lua (seja lá oque você acha lindo, mas é lindo tal como algo que tu mais admira).
Admiração. Afinidade. Carinho. Respeito. Brincadeiras. Amor.
Pessoas especiais, presentes dados pela vida para encher-nos de prazer e alegrias.
Anjos.
Perfeitos.
Amigos.

Bem como já diz a canção...
Amigo é coisa para se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração...

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A praia, o mar, as ondas, a lua, as estrelas, e ela.
Sob a luz do luar, o brilho refletido na água dava aquela noite um toque especial.
Ela estava ali.
Sozinha? Jamais. As estrelas eram sua companhia a admirar toda aquela paisagem.
Ela estava ali, sentada diante do mar, livre, plena de seus sentimentos e emoções.
As ondas vinham tocar seus pés como se os acariciassem suavemente num pedido para que ela se entregasse ao mar.
Ela estava ali, abrindo os braços como em um gesto de liberdade sentia o vento encontrando seu corpo, fazendo com que seus longos cabelos voassem, e sua face o sentisse como carícias.
Toda delicadeza estava nela.
Toda doçura e encanto.
Ela estava ali, com um sorriso que se estendia ao mundo.
A praia, o mar, as ondas, a lua, as estrelas, e ela.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Qual é o final feliz?

Alguns filmes e historias que vemos e ouvimos nos implora para esperarmos por um final feliz. A reviravolta no terceiro ato. A declaração de amor inesperada. A exceção à regra.
Mas às vezes focamos tanto em achar nosso final feliz que não aprendemos a ler os sinais, a diferenciar entre quem nos quer e quem não nos quer, entre os que vão ficar e os que vão nos deixar.
E talvez esse final feliz não inclua uma pessoa incrível. Talvez dependa de você. Talvez esteja por sua conta, recolhendo os cacos e recomeçando, ficando livre para algo melhor no futuro. Ou talvez o final feliz seja isto, saber que mesmo com ligações sem retorno e corações partidos com todos os erros estúpidos e sinais mal interpretados, com toda a vergonha e constrangimento, VOCÊ NUNCA PERDEU A ESPERANÇA.
Abra a felicidade.

domingo, 23 de janeiro de 2011

"Havia, em algum lugar, um parque cheio de pinheiros e tílias, e uma velha casa que eu amava. Pouco importava que ela estivesse distante ou próxima, que não pudesse cercar de calor o meu corpo, nem me abrigar; reduzida apenas a um sonho, bastava que ela existisse para que a minha noite fosse cheia de sua presença. Eu não era mais um corpo de homem perdido no areal. Eu me orientava. Era o menino daquela casa, cheio da lembrança de seus perfumes, cheio da fragrância dos seus vestíbulos, cheio das vozes que a haviam animado."
Antoine de Saint-Exupéry

sábado, 22 de janeiro de 2011

O Sotaque das Mineiras

Como boa mineira que sou, presto minha homenagem a todas nós, mineiras. [:
Deixando claro que, independente de ser mineira ou nao, Mulher Brasileira em Primeiro Lugar! Um abraço!

Mineira devia nascer com tarja preta avisando: ouvi-la faz mal à saúde. Se uma mineira, falando mansinho, me pedir para assinar um contrato doando tudo que tenho, sou capaz de perguntar: só isso? Assino achando que ela me faz um favor.
Eu sou suspeitíssimo. Confesso: esse sotaque me desarma. Certa vez quase propus casamento a uma menina que me ligou por engano, só pelo sotaque.
Mas, se o sotaque desarma, as expressões são um capítulo à parte. Não vou exagerar, dizendo que a gente não se entende... Mas que é algo delicioso descobrir, aos poucos, as expressões daqui, ah isso é...
Os mineiros têm um ódio mortal das palavras completas. Preferem, sabe-se lá por que, abandoná-las no meio do caminho (não dizem: pode parar, dizem: "pó parar". Não dizem: onde eu estou?, dizem: "ôndôtô?"). Parece que as palavras, para os mineiros, são como aqueles chatos que pedem carona. Quando você percebe a roubada, prefere deixá-los no caminho.
Os não-mineiros, ignorantes nas coisas de Minas, supõem, precipitada e levianamente, que os mineiros vivem — lingüisticamente falando — apenas de uais, trens e sôs. Digo-lhes que não.
Mineiro não fala que o sujeito é competente em tal ou qual atividade. Fala que ele é bom de serviço. Pouco importa que seja um juiz, um jogador de futebol ou um ator de filme pornô. Se der no couro — metaforicamente falando, claro — ele é bom de serviço. Faz sentido...
Mineiras não usam o famosíssimo tudo bem. Sempre que duas mineiras se encontram, uma delas há de perguntar pra outra: "cê tá boa?" Para mim, isso é pleonasmo. Perguntar para uma mineira se ela tá boa, é como perguntar a um peixe se ele sabe nadar. Desnecessário.
Há outras. Vamos supor que você esteja tendo um caso com uma mulher casada. Um amigo seu, se for mineiro, vai chegar e dizer: — Mexe com isso não, sô (leia-se: sai dessa, é fria, etc).
O verbo "mexer", para os mineiros, tem os mais amplos significados. Quer dizer, por exemplo, trabalhar. Se lhe perguntarem com o que você mexe, não fique ofendido. Querem saber o seu ofício.
Os mineiros também não gostam do verbo conseguir. Aqui ninguém consegue nada. Você não dá conta. Sôcê (se você) acha que não vai chegar a tempo, você liga e diz:

— Aqui, não vou dar conta de chegar na hora, não, sô.

Esse "aqui" é outro que só tem aqui. É antecedente obrigatório, sob pena de punição pública, de qualquer frase. É mais usada, no entanto, quando você quer falar e não estão lhe dando muita atenção: é uma forma de dizer, olá, me escutem, por favor. É a última instância antes de jogar um pão de queijo na cabeça do interlocutor.
Mineiras não dizem "apaixonado por" Dizem, sabe-se lá por que, "apaixonado com". Soa engraçado aos ouvidos forasteiros. Ouve-se a toda hora: "Ah, eu apaixonei com ele...". Ou: "sou doida com ele" (ele, no caso, pode ser você, um carro, um cachorro). Elas vivem apaixonadas com alguma coisa.
Que os mineiros não acabam as palavras, todo mundo sabe. É um tal de bonitim, fechadim, e por aí vai. Já me acostumei a ouvir: "E aí, vão?". Traduzo: "E aí, vamos?". Não caia na besteira de esperar um "vamos" completo de uma mineira. Não ouvirá nunca.
Na verdade, o mineiro é o baiano lingüístico. A preguiça chegou aqui e armou rede. O mineiro não pronuncia uma palavra completa nem com uma arma apontada para a cabeça.
Eu preciso avisar à língua portuguesa que gosto muito dela, mas prefiro, com todo respeito, a mineira. Nada pessoal. Aqui certas regras não entram. São barradas pelas montanhas. Por exemplo: em Minas, se você quiser falar que precisa ir a um lugar, vai dizer:

— Eu preciso de ir.

Onde os mineiros arrumaram esse "de", aí no meio, é uma boa pergunta. Só não me perguntem. Mas que ele existe, existe Asseguro que sim, com escritura lavrada em cartório. Deixa eu repetir, porque é importante. Aqui em Minas ninguém precisa ir a lugar nenhum. Entendam... Você não precisa ir, você "precisa de ir". Você não precisa viajar, você "precisa de viajar". Se você chamar sua filha para acompanhá-la ao supermercado, ela reclamará:

— Ah, mãe, eu preciso de ir?

No supermercado, o mineiro não faz muitas compras, ele compra um tanto de coisa. O supermercado não estará lotado, ele terá um tanto de gente. Se a fila do caixa não anda, é porque está agarrando lá na frente. Entendeu? Deus, tenho que explicar tudo. Não vou ficar procurando sinônimo, que diabo. E não digo mais nada, leitor, você está agarrando meu texto. Agarrar é agarrar, ora!
Se, saindo do supermercado, a mineirinha vir um mendigo e ficar com pena, suspirará:

— Ai, gente, que dó.

É provável que a essa altura o leitor já esteja apaixonado pelas mineiras Eu aviso que vá se apaixonar na China, que lá está sobrando gente E não vem caçar confusão pro meu lado.
Porque, devo dizer, mineiro não arruma briga, mineiro "caça confusão". Se você quiser dizer que tal sujeito é arruaceiro, é melhor falar, para se fazer entendido, que ele "vive caçando confusão".
Para uma mineira falar do meu desempenho sexual, ou dizer que algo é muitíssimo bom (acho que dá na mesma), ela, se for jovem, vai gritar: "Ô, é sem noção". Entendeu, leitora? É sem noção! Você não tem, leitora, idéia do tanto de bom que é. Só não esqueça, por favor, o "Ô" no começo, porque sem ele não dá para dar noção do tanto que algo é sem noção, entendeu?

Ouço a leitora chiar:

— Capaz...

Vocês já ouviram esse "capaz"? É lindo. Quer dizer o quê? Sei lá, quer dizer "tá fácil que eu faça isso", com algumas toneladas de ironia. Gente, ando um péssimo tradutor. Se você propõe a sua namorada um sexo a três (com as amigas dela), provavelmente ouvirá um "capaz..." como resposta. Se, em vingança contra a recusa, você ameaçar casar com a Gisele Bundchen, ela dirá: "ô dó dôcê". Entendeu agora?
Não? Deixa para lá. É parecido com o "nem...". Já ouviu o "nem..."? Completo ele fica:

- Ah, nem...

O que significa? Significa, amigo leitor, que a mineira que o pronunciou não fará o que você propôs de jeito nenhum. Mas de jeito nenhum. Você diz: "Meu amor, cê anima de comer um tropeiro no Mineirão?". Resposta: "nem..." Ainda não entendeu? Uai, nem é nem. Leitor, você é meio burrinho ou é impressão?
A propósito, um mineiro não pergunta: "você não vai?". A pergunta, mineiramente falando, seria: "cê não anima de ir"? Tão simples. O resto do Brasil complica tudo. É, ué, cês dão umas volta pra falar os trem...
Certa vez pedi um exemplo e a interlocutora pensou alto:

— Você quer que eu "dou" um exemplo...

Eu sei, eu sei, a gramática não tolera esses abusos mineiros de conjugação. Mas que são uma gracinha, ah isso lá são.
Ei, leitor, pára de babar. Que coisa feia. Olha o papel todo molhado. Chega, não conto mais nada. Está bem, está bem, mas se comporte.
Falando em "ei...". As mineiras falam assim, usando, curiosamente, o "ei" no lugar do "oi". Você liga, e elas atendem lindamente: "eiiii!!!", com muitos pontos de exclamação, a depender da saudade...
Tem tantos outros... O plural, então, é um problema. Um lindo problema, mas um problema. Sou, não nego, suspeito. Minha inclinação é para perdoar, com louvor, os deslizes vocabulares das mineiras.
Aliás, deslizes nada. Só porque aqui a língua é outra, não quer dizer que a oficial esteja com a razão. Se você, em conversa, falar:

— Ah, fui lá comprar umas coisas...

— Que' s coisa? — ela retrucará.

Acreditam? O plural dá um pulo. Sai das coisas e vai para o que.
Ouvi de uma menina culta um "pelas metade", no lugar de "pela metade". E se você acusar injustamente uma mineira, ela, chorosa, confidenciará:

— Ele pôs a culpa "ni mim".

A conjugação dos verbos tem lá seus mistérios, em Minas... Ontem , uma senhora docemente me consolou: "preocupa não, bobo!". E meus ouvidos, já acostumados às ingênuas conjugações mineiras. nem se espantam. Talvez se espantassem se ouvissem um: "não se preocupe", ou algo assim. A fórmula mineira é sintética. e diz tudo.
Até o tchau. em Minas. é personalizado. Ninguém diz tchau pura e simplesmente. Aqui se diz: "tchau pro cê", "tchau pro cês". É útil deixar claro o destinatário do tchau. O tchau, minha filha, é prôcê, não é pra outra entendeu?
Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Tocando em frente...

Quando o tudo não passa de nada.
Quando todo sentimento que sentiu não valeu de nada.
Quando tudo parece não ter mais sentido e seus sonhos ficam distantes de ti.
Quando a pessoa que você mais ama na vida te da as costas.
Olhe pra frente. Siga. Alcance o alvo, mesmo com pedras no caminho, o amanhã virá e o sol continuará sempre brilhando por cima das nuvens por mais que elas lhe pareçam saturadas de trevas e desamor.
A vida continua. Não se abata por um amor perdido, uma amizade falida. Bem como escrito no ditado “vão-se os anéis, ficam-se os dedos”.
Não há tempo para ser infeliz, a hora é agora, o tempo é esse.
Sorria para a vida, mesmo que tudo pareça sem solução e suas dores sejam fortes demais. Você é mais forte do que imagina ou suspeita ser.
Amores vem e vão, amizades também.
Cultive o que for verdadeiro, e você sempre terá a sensação de dever cumprido mesmo que não dê certo. Seja feliz, pois você se basta.